Estamos acompanhando de perto uma denúncia grave envolvendo trabalhadores da função de operador de varredeira. De acordo com relatos recebidos, a empresa responsável pelo contrato está registrando esses profissionais como “operadores de máquinas” uma prática que, na prática, tem resultado no pagamento de salários abaixo do piso estabelecido em convenção coletiva para a função específica.
O problema está na descaracterização da função real exercida. Apesar de operarem equipamentos específicos como a varredeira mecânica os trabalhadores estão sendo enquadrados em outra categoria, com um piso inferior. Essa manobra afeta diretamente o bolso da categoria e configura descumprimento das normas coletivas firmadas entre sindicatos e empresas.
Vale lembrar que cada função descrita na Convenção Coletiva de Trabalho tem um piso salarial definido e obrigações específicas. Se um trabalhador atua como operador de varredeira, é esse piso que deve ser respeitado, independente do nome usado no registro. O desrespeito ao enquadramento correto não só fere a CCT como também pode configurar desvio de função e prejuízo direto ao trabalhador.
O Siemaco Guarulhos já iniciou os procedimentos de apuração, cobrando explicações da empresa contratante e exigindo o reenquadramento correto dos trabalhadores afetados, com o pagamento retroativo das diferenças salariais.
Reforçamos que os salários precisam refletir com precisão a função exercida, como previsto em lei e na Convenção Coletiva. Tentativas de camuflar funções ou reduzir custos às custas dos direitos da categoria não serão toleradas.
Seguimos atentos, firmes na defesa dos trabalhadores e prontos para agir sempre que houver irregularidades. Denúncias podem ser feitas diretamente com o sindicato — de forma anônima, se necessário.
Se você está passando por situação semelhante, entre em contato. Ninguém fica desamparado quando há um sindicato atuante ao lado da base. O respeito começa pelo salário justo.